Entro no metro na primeira estação. Entra também uma senhora ocupada com um telefonema. Despede-se com um então vá, beijinhos.
Doze estações e dezoito minutos depois chego ao destino. A senhora segue viagem, sempre a dizer então vá, beijinhos. Saio impressionada com a mais longa despedida de sempre, não tendo ela mostrado qualquer sinal de ansiedade, pressa ou impaciência.
Qual máquina repetiu mil vezes então vá, beijinhos, mil e uma, talvez, que eu ouvisse e acima disso garantidamente pois não a vi desligar.
Ainda a meio da viagem cresceu-me a curiosidade sobre a pessoa lá do outro lado, o que diria? Impedia-a de desligar? Gritava-lhe e ela tentava-a acalmar com um então vá e uns apaziguadores beijinhos? Não ouvia, era mouca? Seria esta estrangeira e a única coisa que sabia dizer em português era então vá, beijinhos?
Sem perceber as razões bem haja quem tem paciência.
Doze estações e dezoito minutos depois chego ao destino. A senhora segue viagem, sempre a dizer então vá, beijinhos. Saio impressionada com a mais longa despedida de sempre, não tendo ela mostrado qualquer sinal de ansiedade, pressa ou impaciência.
Qual máquina repetiu mil vezes então vá, beijinhos, mil e uma, talvez, que eu ouvisse e acima disso garantidamente pois não a vi desligar.
Ainda a meio da viagem cresceu-me a curiosidade sobre a pessoa lá do outro lado, o que diria? Impedia-a de desligar? Gritava-lhe e ela tentava-a acalmar com um então vá e uns apaziguadores beijinhos? Não ouvia, era mouca? Seria esta estrangeira e a única coisa que sabia dizer em português era então vá, beijinhos?
Sem perceber as razões bem haja quem tem paciência.
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