O silêncio que sai do som da chuva espalha-se,
num crescendo de monotonia cinzenta, pela rua estreita que fito.
Estou dormindo desperto, de pé contra a vidraça,
a que me encosto como a tudo. Procuro em mim que sensações são as que tenho
perante este cair esfiado de água sombriamente luminosa que se destaca das fachadas
sujas e, ainda mais, das janelas abertas.
E não sei o que sinto, não sei o que
quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Muito bom, gostei!
ResponderEliminarPaula Ferrinho