segunda-feira, 10 de março de 2014

MNAz, para os amigos

Faço um intervalo na pesquisa virtual e vou ao Museu Nacional do Azulejo. Quero ver o século XIX e fico decepcionada com a parede, única, que ocupa.
Do 'meu' homem apenas uma trindade de trabalhos, atribuídos, ainda por cima, as certezas persigo-as eu, afanosamente.
Pergunto pelas outras peças, que são da colecção temporária, dizem, ai que pena, respondo eu.
A decepção passa depressa, ao ritmo da visita completa, maravilhosa.
Fico sempre invejosa e sensibilizada com gente que sobe montanhas, que esgravata o fundo do mar, que molda a pedra ou que pinta, no caso, azulejos.
No Museu há de tudo, desde contemporâneos até aos antigos, preciosistas, que sobrevivem aos séculos e à ganância.
Há peças que foram encontradas em obras, outras doadas, outras ainda recuperadas pela Polícia Judiciária. Todas carregam uma minúcia, um olhar do artista, uma visão excepcional, uma dádiva, generosidade do azulejador que permite que nós possamos ver o que ele viu, que assim ouvimos a História com os olhos.
Para além do Museu em si vale bem a deslocação pela envolvência, no Beato, vizinho da Madre de Deus, subindo um bocado e estamos na Feira da Ladra. Ruas justas, mostram o tempo algo esbatido, o passado meio desbotado, mas presente.
Depois de uma caminhada valente pela manhã, de um meio banho de mar - até à cintura, já não foi mau - e com este passeio pela tarde, cheguei a casa transportando um dia feliz.

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