Depois de ter estado a fazer Erasmus na Universidad Complutense de Madrid, recebo agora um colega de lá, aqui na Biblioteca.
O conhecimento data desde essa altura tendo existido uma empatia mútua desde o primeiro dia. Burocracias assinadas, a permanência na Biblioteca tem sido diária e não há nada de especial a assinalar.
Ontem disse-me que ia ver o jogo de futebol sozinho, no quarto do hotel, não sei se apelando à minha humanidade ou só para fazer conversa.
Assim, combinámos assistir à partida juntos - eu percebo de futebol na medida em que sei quem são os jogadores giraços - e escolhemos um bar aqui perto onde, na companhia de uma amiga minha - igualmente sabedora de muita coisa, onde não se inclui o futebol - e no meio de umas tostas de tomate, frango e atum, diante de uma televisão de tamanho considerável, lá fomos assistindo à tortura da bola, consubstanciada em tanto pontapé que levou, de um lado e do outro. Aquilo era raiva ibérica, tudo a dar no esférico com quanta força tinham.
Escusado será dizer que o José era o único espanhol e que ouviu todo o tipo de impropérios dirigidos aos seus conterrâneos, coisa que não o afectou em nada e que não lhe tirou o sentido de humor e a vontade de rir.
Pela minha parte discuti com a minha amiga os pormenores da equipa adversária sobre os quais tenho efectivo conhecimento, tendo o Iker e o Sérgio levado a palma.
Com a minha única tatuagem, senti-me uma caloira, uma verdadeira noviça diante do Raul Meireles.
Amei de paixão o cabelo do Ronaldo que me faz lembrar o de Roger Moore em O Santo: podia mergulhar, saltar de um penhasco, correr no meio de um tufão, mas não havia um cabelo em desalinho, nem um!
Já o do Fábio Coentrão, visto de costas, é a cara chapada de uma galinha de pescoço pelado, assunto a que se deverá dar atenção, pois os cientistas descobriram que as galinhas da Transilvânia com esta característica são mutantes. Ora, ser mutante é uma maçada que nos manda para a ficção científica e a Transilvânia faz-nos lembrar aquele rapaz, o Vlad (não sei em que equipa jogava) mas consta que era um bocado violento.
Por outro lado, gosto imenso do Rolando que me recorda Roncesvales, Carlos Magno e toda uma elite nobre, aqui na vertente africana.
Tive imensa pena de não ver jogar Rúben Micael para poder torcer por ele, repetindo uma das sete maravilhas do mundo em termos de casamento de nomes.
O meu amigo José assistia quase em silêncio não fosse ser denunciado como uma espécie de raposa no meio do galinheiro, e no final pagou a conta, por sugestão dele logo ao início: Paga quem ganhar.
Viva a boa vizinhança.
O conhecimento data desde essa altura tendo existido uma empatia mútua desde o primeiro dia. Burocracias assinadas, a permanência na Biblioteca tem sido diária e não há nada de especial a assinalar.
Ontem disse-me que ia ver o jogo de futebol sozinho, no quarto do hotel, não sei se apelando à minha humanidade ou só para fazer conversa.
Assim, combinámos assistir à partida juntos - eu percebo de futebol na medida em que sei quem são os jogadores giraços - e escolhemos um bar aqui perto onde, na companhia de uma amiga minha - igualmente sabedora de muita coisa, onde não se inclui o futebol - e no meio de umas tostas de tomate, frango e atum, diante de uma televisão de tamanho considerável, lá fomos assistindo à tortura da bola, consubstanciada em tanto pontapé que levou, de um lado e do outro. Aquilo era raiva ibérica, tudo a dar no esférico com quanta força tinham.
Escusado será dizer que o José era o único espanhol e que ouviu todo o tipo de impropérios dirigidos aos seus conterrâneos, coisa que não o afectou em nada e que não lhe tirou o sentido de humor e a vontade de rir.
Pela minha parte discuti com a minha amiga os pormenores da equipa adversária sobre os quais tenho efectivo conhecimento, tendo o Iker e o Sérgio levado a palma.
Com a minha única tatuagem, senti-me uma caloira, uma verdadeira noviça diante do Raul Meireles.
Amei de paixão o cabelo do Ronaldo que me faz lembrar o de Roger Moore em O Santo: podia mergulhar, saltar de um penhasco, correr no meio de um tufão, mas não havia um cabelo em desalinho, nem um!
Já o do Fábio Coentrão, visto de costas, é a cara chapada de uma galinha de pescoço pelado, assunto a que se deverá dar atenção, pois os cientistas descobriram que as galinhas da Transilvânia com esta característica são mutantes. Ora, ser mutante é uma maçada que nos manda para a ficção científica e a Transilvânia faz-nos lembrar aquele rapaz, o Vlad (não sei em que equipa jogava) mas consta que era um bocado violento.
Por outro lado, gosto imenso do Rolando que me recorda Roncesvales, Carlos Magno e toda uma elite nobre, aqui na vertente africana.
Tive imensa pena de não ver jogar Rúben Micael para poder torcer por ele, repetindo uma das sete maravilhas do mundo em termos de casamento de nomes.
O meu amigo José assistia quase em silêncio não fosse ser denunciado como uma espécie de raposa no meio do galinheiro, e no final pagou a conta, por sugestão dele logo ao início: Paga quem ganhar.
Viva a boa vizinhança.
E a praia ficou (natural e desportivamente) vazia; haja mais bola
ResponderEliminarEssa observação é mesmo maldosa... está uma pessoa a fazer pela diplomacia da península e têm de nos lembrar que a praia estava tão disponível... com franqueza... :)
ResponderEliminarOs banhistas gostam de bola e eu não, de maneira que quando abalaram prós petiscos e comentários (ouviam-se) fiquei a tomar conta das gaivotas e da praia, fiufiu...
ResponderEliminarFinalmente!!Foi por pouco tampo mas quem sabe...Eu que tanto pedi a São Gonçalo e ele foi logo arranjar um espanhol com nome bíblico! Bem haja São Gonçalo. Fico feliz por vocês, caramba!!
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