segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Que mais me irá acontecer?

Depois de umas férias azaradas, entro azamboada na primeira semana de trabalho. Tendo o ano 52 semanas, sendo quatro de férias, estou a riscar a quadragésima oitava. Ainda a propósito da maleita que me obrigou a andar de muletas, logo no primeiro dia de trabalho vou ao médico. Diz-me a simpática senhora que, tendo médico de família, tenho que o conservar e para isso há dois requisitos: ir ao médico pelo menos uma vez no ano e ter as vacinas em dia. Já mo tinham dito e já tinha espiolhado a casa e a papelada em busca do respectivo boletim, sem resultados. Assim, foi necessário levar as vacinas novamente. Uma injecçãozita de nada que eventualmente me vai deixar um altinho no braço. Siga!
A injecçãozita de nada revelou-se uma cabra: febre, um inchaço descomunal, dores insuportáveis. Numa semana cumpri a minha quota mínima de visita aos serviços médicos para uma década. Que nunca tinham visto nada assim, e que pusesse gelo, e tomasse paracetamóis e ipobrufenos e etc., que era uma reacção à vacina – olhe, obrigadinha…
A meio da semana realizou-se o jantar de aniversário do A., em homenagem não tanto aos seus 53 anos, mas mais à vitória sobre a doença que o atacou a ele e nos afligiu a todos. Arrastada, lá fui, com uma roupa que não pensei levar pois o braço não me cabia na manga, de inchado que estava. Nem lhe cantei os parabéns, com a febre a azucrinar-me cada célula e regressei a casa onde me mantive a maior parte da semana até isto acalmar, qual tornado que se intensificava dentro de mim.
Assim que levei a vacina perguntei à enfermeira se podia ir à praia, ao que ela respondeu que não havia qualquer contra-indicação. Ora, nem praia nem meia praia, ainda para mais, choveu todo o santo fim-de-semana.
O início da quadragésima sétima semana leva-me a perguntar, que mais me irá acontecer? Com o pensamento positivo que procuro sempre, penso de quanto será o prémio do euromilhões… 

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