Através do Criar Afectos os meus pais foram no fim-de-semana em passeio a Viana do Castelo.
Sábado às seis da manhã estavam pontuais no local de encontro, meteram-se na cáminete e lá foram eles mais uma mão cheia de amigos e companheiros. Cantaram até à rouquidão fado, pimbas, cantigas regionais e tudo o que se lembraram. Chegados a Viana foram depositados à porta do hotel com hora marcada para a recolha dos convivas, que o Museu da Ourivesaria já esperava por eles.
O atropelo da subida para os quartos não deve ter sido muito grande porque aquela malta já não tem idade para correrias mas, segundo o relato, rapidamente subiram, abriram as malas para esticarem os fatos, as sedas, os lamés e lantejoulas que usariam no baile que se seguiria ao jantar nessa noite.
Não conheço alguém tão vaidoso como a minha mãe e imaginei logo que levaria na bagagem roupa suficiente para uma tournée de seis meses à Austrália e que faria as delícias e a inveja das amigas.
No caminho trajaram roupa prática, ele ténis e ela botas de caminhar, onde os atacadores ligavam com os brincos e nada ficava ao acaso, cinto, meias, colares, tudo a condizer.
Ora quando chegaram e ela abriu o baú e começaram a sair saias e lenços como pombas de dentro da cartola de um mágico, saiu também um par de sapatos para o meu pai usar no jantar dessa noite que deviam ser calçados com o belo fato desportivo que lhe dá um ar jovial e descontraído. O pior foi só então ela ter reparado que um sapato era preto, quadrado na biqueira e outro castanho e bem redondo!
Ao telefone o meu pai contou-me o disparate a rir-se e dizia que talvez os calçasse, sim, porque felizmente, ela não trouxera os dois do mesmo pé!
Resta dizer que o homem foi ao jantar de ténis porque não encontraram uma casa aberta para comprar um par de sapatos, mas quem o conhece sabe que ele adorou a cena, não se importou nada e agora vai gozar o pratinho até à exaustão…
Sábado às seis da manhã estavam pontuais no local de encontro, meteram-se na cáminete e lá foram eles mais uma mão cheia de amigos e companheiros. Cantaram até à rouquidão fado, pimbas, cantigas regionais e tudo o que se lembraram. Chegados a Viana foram depositados à porta do hotel com hora marcada para a recolha dos convivas, que o Museu da Ourivesaria já esperava por eles.
O atropelo da subida para os quartos não deve ter sido muito grande porque aquela malta já não tem idade para correrias mas, segundo o relato, rapidamente subiram, abriram as malas para esticarem os fatos, as sedas, os lamés e lantejoulas que usariam no baile que se seguiria ao jantar nessa noite.
Não conheço alguém tão vaidoso como a minha mãe e imaginei logo que levaria na bagagem roupa suficiente para uma tournée de seis meses à Austrália e que faria as delícias e a inveja das amigas.
No caminho trajaram roupa prática, ele ténis e ela botas de caminhar, onde os atacadores ligavam com os brincos e nada ficava ao acaso, cinto, meias, colares, tudo a condizer.
Ora quando chegaram e ela abriu o baú e começaram a sair saias e lenços como pombas de dentro da cartola de um mágico, saiu também um par de sapatos para o meu pai usar no jantar dessa noite que deviam ser calçados com o belo fato desportivo que lhe dá um ar jovial e descontraído. O pior foi só então ela ter reparado que um sapato era preto, quadrado na biqueira e outro castanho e bem redondo!
Ao telefone o meu pai contou-me o disparate a rir-se e dizia que talvez os calçasse, sim, porque felizmente, ela não trouxera os dois do mesmo pé!
Resta dizer que o homem foi ao jantar de ténis porque não encontraram uma casa aberta para comprar um par de sapatos, mas quem o conhece sabe que ele adorou a cena, não se importou nada e agora vai gozar o pratinho até à exaustão…
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