terça-feira, 26 de abril de 2011

Dá-me a tua mão

Dá-me a mão
Espreita no meu coração
Debruça-te nesta varanda
Ouve o tocar da banda
É a minha pulsação

Sem medo e sem receio
Acolho-te no meu seio
Semente lançada à terra
Minha vida, minha guerra
Milho, trigo ou centeio

Ah… contas do meu rosário
Fosses tu meu adversário
Tanto oxigénio, tanta vida
E à chegada e à partida
É tudo teu, meu corsário

O olhar cansado não descansa
Faço com a espera uma aliança
A Via Láctea é pequena
Aguardo um milagre, serena
Com a eternidade ensaio uma dança

Dá-me a mão
Espreita no meu coração
Sou um rio, um afluente
Transbordo com água quente e ardente
Acende uma vela, tira-me da escuridão

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