terça-feira, 3 de junho de 2014

Fim-de-semana de dádiva

Deram-me um fim-de-semana.
O cansaço amainou, vencido pela boa disposição e pela amizade de quem me fez um polvo extraordinário e peixe assado para comer até morrer. Não há silêncio nesta relação, porque estamos sempre a falar as duas. O telefone não compensa e ao vivo e a cores parece que nos lembramos de tanta coisa que precisávamos de um fim-de-semana de seis meses. Isto se falássemos depressa, claro.
Serenei a ansiedade que anda sempre feita lapa às minhas costas e até tive vontade de chorar quando me vim embora.
Passámos em revista livros e filmes, receitas e memórias, histórias e famílias, projectos de passado, de presente e de futuro. Falámos de obcessões, de amores e paixões, das minhas descobertas de investigação, de como tenho alumiado recantos escondidos do meu coração e do medo que tenho de perceber o que me parece cada vez mais óbvio.

Sem comentários:

Enviar um comentário